Cremos


Confissão de Fé

Cremos...

1.  Que toda a Bíblia, incluindo o Antigo e o Novo Testamento, é o registro da experiência humana com a Divindade, canal através do qual Sua Palavra flui, revelando de maneira gradativa os Seus desígnios e a Sua vontade, de acordo com os níveis de maturidade e percepção alcançados nos vários estágios pelos quais passou a humanidade ao longo dos últimos milênios. Contém profecias, mandamentos, regras éticas e dietéticas, poesia, histórias, alegorias, metáforas e parábolas. Como uma coleção de livros escritos por cerca de quarenta escritores em diferentes épocas e contextos sociais, a Bíblia é inspirada, porém, não ditada pela Divindade, de modo que admitimos que possa haver uma ou outra imprecisão, dadas as limitações culturais e científicas dos mesmos, sem com isso descredibilizar sua mensagem central. Deve ser lida e estudada tomando a Jesus e a Seus ensinamentos como filtro e chave interpretativa, visto ser Ele a Palavra de Deus encarnada e definitiva. Uma leitura descontextualizada de seus textos e desvinculada da doutrina de Cristo pode gerar extremismo e fundamentalismo, podendo ser usada para justificar todo tipo de preconceito, opressão, exploração e exclusão.  Mt.22:29; Lc.4:21; Jo.10:35; Rm.1:2; 16:26; II Tm.3:16; II Pe.1:20; Mc.7:6-13; Lc.9:51-56; Mt.5:38-41

2. Que há um único Deus, Eterno, Soberano, Todo-Poderoso, Todo-Amoroso, Onisciente, Onipresente, Criador, Preservador e Governador de todas as coisas, perfeito em caráter, por isso, absolutamente confiável, único digno de culto, diante de Quem todos devem prestar contas. Em Sua transcendência, Deus é para além do tempo e do espaço, porém, mergulha na existência através de Seu Filho Jesus. Ele é, sem deixar de existir, e existe, sem deixar de ser. Tudo quanto existe, existe n’Ele. E Ele é em todas as coisas, habitando concomitantemente em todos os lugares e em todos os tempos. Para Ele não há longe, nem perto, nem passado ou futuro; tudo está perante os Seus olhos.  Nada há no universo que não traga a Sua assinatura. Seus atributos podem ser claramente percebidos nas coisas criadas, porém, somente pelas lentes da fé, e não meramente pelos sentidos. Apesar de soberano, Ele abriu mão do controle ao nos dotar de liberdade. Somente um Deus absolutamente soberano jamais se sentiria ameaçado pela liberdade concedida ao ser humano. Em vez de controle, que é um exercício de poder, Ele preferiu exercer o cuidado que é um sinal de amor. Poder é o que Ele tem, sendo-lhe facultativo usá-lo, amor é o que Ele é e não pode deixar de ser. Gn.1:1; 1:31; 14:22; 17:1; Sl.19:1; 46:10; 47:7; Jr.10:10; I Co.8:4; Ef.4:6; Is.43:13; I Jo.4:8, 16; II Tm.2:13

3.  Que o único Deus Se revela em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo, sendo o Pai a fonte, a origem da vida, o Filho, a Sua manifestação visível e o canal pelo qual esta vida é compartilhada, e o Espírito Santo, a própria vida de Deus. Os três constituem a Divindade, indivisível, autossuficiente, e perfeita em Si mesma, não dependendo de Suas criaturas nem mesmo para Se relacionar. Dada a composição de Seu Ser, Deus jamais esteve sozinho. Desde a eternidade, Pai, Filho e Espírito Santo vivem em perfeita comunhão de amor. Apesar disto, Deus deseja relacionar-Se com Suas criaturas, e isso, através de Seu Filho Jesus Cristo, que é a Sua Palavra, a expressão exata do Seu Ser. Gn.1:26; 3:22; Mt.3:16-17; 28:19; Jo.14:16-17,23 e 26; I Pe.1:11-12; Rm.8:9; At.16:6-7; Gl.4:6

4. Que a Divindade está para além das definições de gênero, apesar de abarcar em Si mesma os princípios masculino e feminino, visto que o ser humano, criado à Sua imagem e semelhança, comporta em sua natureza tanto a masculinidade, quanto a feminilidade. Se no Pai identificamos o princípio masculino, no Espírito Santo, manifestado no batismo de Jesus em forma corpórea de uma pomba, identificamos o princípio feminino. Tanto o termo hebraico Ruah, quanto o termo grego Pneuma, ambos traduzidos como Espírito, são substantivos femininos. Não é em vão que em Sua primeira aparição nas páginas sagradas, o Espírito Santo paira sobre as águas, como uma ave que choca os seus ovos.  Já em Cristo encontramos tanto o princípio masculino, quanto o feminino. Se Sua manifestação no tempo e no espaço foi em figura masculina, na eternidade Ele é chamado de Sofia (sabedoria em grego; Chokmowth em hebraico), figura feminina. Por isso, Ele mesmo se comparou a uma galinha buscando proteger seus pintos sob suas asas. Gn.1:26-27; Gn.1:2; Pv.8:22-31

5. Que Jesus Cristo não foi criado, mas gerado no Hoje Eterno (eternidade), sendo o princípio pelo qual Deus criou todas as coisas. Ele não é chamado de “o primogênito da criação” por ter sido criado antes de todos, mas por ter primazia sobre a mesma. Jamais houve um tempo em que Ele não houvesse, podendo ser comparado à luz gerada pelo Sol, posto que, desde que há o Sol, sua luz é refletida. Assim também, entendemos por analogia, que desde que há o Pai, há também o Seu Filho eternamente gerado. Tal verdade também se aplica ao Espírito Santo, que provém do Pai e do Filho, assim como o calor e a energia provêm do Sol e de sua luz. Hb.1:5,6; Col.1:15-18; Ap.3:14; Pv.8:22-31; Jo.1:1-4

6. Que na Pessoa de Jesus acham-se unidas as naturezas Divina e humana, constituindo-O  Ser sui generis, sendo, ao mesmo tempo, 100% Deus e 100% homem. Em Sua encarnação, Ele reuniu em Si mesmo estas duas naturezas que se haviam tornado antagônicas por causa do pecado, tornando-Se assim o único Mediador entre Deus e os homens. Jo.1:1; 10:30; Tt.2:13; Hb.1:8; II Pe.1;1; I Jo.5;20; I Tm.2:5; Rm.9:5

7. Que Adão e Eva tipificam a humanidade que em seu salto evolutivo, alcançou a consciência de si mesmo ao custo de sua comunhão com a Divindade.  O salto dado por nossos ancestrais ocasionou na queda que nos alienou de nossa fonte primeva, bem como do restante da criação. De guardiões da criação, tornamo-nos seus maiores predadores, resultando numa hostilidade recíproca entre nós e a natureza. Nossa condição existencial tornou-nos oponentes do projeto original de Deus, afetando em cheio a nossa percepção da realidade, fazendo-nos seres errantes, expostos às consequências de nossa rebelião. Com sua natureza comprometida, os seres humanos ficaram fadados a recapitular a jornada de seus ancestrais. Gn.3:6; Rm.3:23; 5:12,14; I Co.15:22; Sl.51:5

8. Que o pecado não é meramente uma transgressão de um mandamento ou a quebra de um princípio ético ou moral, mas a condição existencial em que se encontra toda a humanidade. Etimologicamente, pecar é errar o alvo. Fomos feitos para a comunhão com Deus e com os nossos semelhantes. Todavia, insistimos em viver para nós mesmos, visando o nosso aprazimento, sem nos importar com os efeitos colaterais de nossas escolhas na vida dos demais e na criação como um todo. Tal é a essência do pecado. De maneira análoga, a queda resultante do salto evolutivo da humanidade equivale à supernova de uma estrela, que após se tornar até milhares de vezes mais brilhante, transforma-se num buraco negro que suga tudo à sua volta. Cristo veio nos salvar desta condição existencial egocentrada, morrendo por nós para que não vivamos mais para nós mesmos, mas para Aquele que escolheu ser amado no próximo. I Cor.5:15; I Jo.3:16-18

9. Que a essência e raiz do pecado seja o amor próprio, e que seu principal fruto seja a justiça própria. Razão pela qual Jesus nos deu um novo mandamento, que em vez de recorrer ao amor próprio como parâmetro, como fazia o mandamento anterior, recorre ao Seu próprio amor que o levou a abrir de Sua vida por nós.  Lev. 19:18; Jo.13:34; 12:25; Ap.12:11

10. Que Deus Se humanizou, vindo ao mundo para experimentar o sofrimento e a angústia nos quais estávamos mergulhados, e assim, identificando-Se conosco, pudesse Se compadecer de nossa condição e nos salvar inteiramente. Hb.4:15; Is.53:3; Lc.1:26-35

11. Que Jesus reverteu, por intermédio de Sua obediência ao Pai até a morte, o processo de rebelião, destruição e morte em que a humanidade e o cosmos estavam, e que, através de Sua morte vicária, fez expiação de nossa culpa, possibilitando-nos ser aceitos por Deus e livres da penalidade do pecado, sem o prejuízo de Sua justiça e santidade. Rm.3:26; 5:18; II Co.5:19; At.4:12; Hb.10:2; I Tm.2:4

12.  Que Jesus foi um preso político, acusado de subversão da ordem, e que após sofrer tortura por parte do estado, foi executado em uma cruz, vítima da conspiração entre romanos e judeus. Entretanto, tanto a Sua morte, quanto a Sua ressurreição e ascensão, constavam dos desígnios eternos de Deus.  A crucificação foi a manifestação histórica do sacrifício do Cordeiro de Deus ainda antes da fundação do mundo. Na cruz vislumbramos o Deus que Se esvazia para possibilitar a existência de outros além de Si mesmo, que Se entrega para garantir que outros desfrutem da vida eterna, e que abre mão do controle pelo amor, que se faz vulnerável à dor humana e que se coloca acessível a todos. Lc.23:33-46; At.1:3-9; 2:23-24; Ap.13:8; I Pe.1:19-20

13. Que a salvação é um ato do amor soberano de Deus, sem qualquer mérito humano. Tanto o arrependimento, como a fé e a regeneração são produzidos pelo Espírito Santo nos que foram alvos de Sua graça. Por estar em estado de letargia espiritual, o ser humano não pode cooperar com a sua salvação, nem mesmo desejá-la  sem que o Espírito Santo o desperte para tal. Ef.2:8; II Tm.2:25; Rm.2:4; At.11:18; I Pe.1:23; Tt.3;5; Ef.2:4-5; Rm.3:12; 9:14-16; Sl.71:3; 65:4; Jo.6:44; Fp.2:12-13; II Co.5:18

14. Que Deus, Segundo o Seu imutável propósito, elegeu desde a eternidade àqueles que seriam recipientes de Sua misericórdia e alvos de graça salvadora. Em amor, Deus os predestinou para ser como Seu Filho Amado, e assim, tornarem-se instrumentos através dos quais muitos sejam igualmente alcançados. Por isso, são chamados “vasos de misericórdia.” A exemplo de Abraão, por meio de quem Deus prometeu que seriam abençoadas todas as etnias da terra, Deus escolheu a alguns visando o bem de todos.  Portanto, tal eleição não é um fim em si mesmo, mas um meio de se alcançar um objetivo maior e mais abrangente, razão pela qual ninguém deve se vangloriar de haver sido escolhido por Deus.  At.9:15; Mt.22:14; Ef.1:4-6,11-12; Rm.8:28-30; 9:20-23; 11:5-6, 17-18; At.13:48; Jo.15:16.

15. Que somos justificados pela Graça, mediante a fé no sacrifício de Cristo, que assumiu nossa condição existencial pecaminosa, para que fôssemos declarados justos no Tribunal de Deus. Portanto, não nos resta condenação alguma. Na cruz, a penalidade do pecado foi aplicada em Jesus, isentando-nos do juízo divino. Se depois de haver alcançado tal consciência, deliberadamente permanecermos na prática do pecado, sabotando assim a nossa própria existência, seremos disciplinados, porém, jamais condenados. Tal disciplina nada mais é do que sermos encerrados num ciclo de semeadura e colheita, sendo entregues às consequências de nossas próprias escolhas. Rm.5:1,9,16-19; 8:1; I Co.11:32; Hb.12:7-8; Jo.5:24

16. Que o ser humano em seu estado natural de alienação espiritual não tem condição alguma de atender aos padrões de justiça exigidos por Deus em Sua Lei, e por isso, não deve tentar alcançá-los por seus próprios esforços, sem recorrer à graça de Cristo. Antes, deve render-se a Deus, a fim de que Cristo, pelo Seu Espírito, viva através dele a vida que ele não tem possibilidade de viver por si mesmo, atendendo assim, às demandas éticas da Lei. É preciso que a Cruz de Cristo seja experimentada em seu viver diário, para que também experimente o poder de Sua ressurreição. Em outras palavras, é preciso renunciar à pretensão de se alcançar tal padrão por seus próprios méritos e esforços, ou a presunção de já tê-lo alcançado, colocando-se em posição de total dependência da graça capacitadora advinda da presença de Cristo em nós pelo Seu Espírito. Fora disto, não há esperança de se alcançar a glória final para a qual fomos destinados. Gl.2:20; II Co.4:10; Rm.6:6-11; 8:4; Col.1:27; Fp.3:7-14

17. Que a Lei foi dada por Deus aos seres humanos, e que, por isso, é boa, desde que seja usada legitimamente, não como instrumento de salvação, mas para mostrar-lhes os parâmetros que identificam o certo e o errado, e para diagnosticar o real estado de seu coração, apontando o remédio que é a Graça manifestada em Cristo. Confiar na Lei para ser salvo é como confiar na cura através de um mero exame clínico. Rm.7:7,12; I Tm.1:8-10; Gl.3:24

18. Que as boas obras devem ser feitas pela motivação correta; não para alcançar méritos perante Deus ou por vanglória, e sim em gratidão a Ele, visando o bem do próximo ou o bem comum, e, sobretudo, a glória de Deus. Através das boas obras, tornamo-nos motivo de louvor ao Deus a quem amamos. As boas obras não se constituem a causa de nossa salvação, e sim sua consequência natural. Isto é, não somos salvos pelas obras, mas para as boas obras. Mt.5:16; Mt.6:1-2; Rm.11:6; Ef.2:8-10; Cl.3:17; Tt.1:16; 3:5-8; Hb.6:10; Tg.2:14; I Pe.2:12; 4:11; II Cor.9:13-14

19. No amor teimoso de Deus que o impede de desistir de Sua obra em nós. Ele não é apenas o autor, mas também o consumador da nossa fé, cujo objetivo é a salvação eterna de nossa alma e a redenção de toda a criação. A obra por Ele começada será igualmente por Ele finalizada. Por ser um dom, a salvação independe de nossos méritos, e por isso, não pode ser revogada. Todo aquele que n’Ele crer, há de ser preservado até o fim. Ainda que eventualmente se extravie, o bom pastor o buscará e o trará de volta ao seu aprisco. Hb.12:2; I Co.1:8;  I Pe.1:5,9; Jo.6:37,39; Fp.1:6; Rm.11:29; II Ts.3:3; Jd.24

20. Que o Espírito Santo é Quem regenera, reproduzindo no ser humano o caráter de Deus, e que tal obra é chamada de santificação.  I Co.3:18; II Ts.2:13; I Pe.1:2

21. Que ao experimentar a regeneração, também chamada de novo nascimento, tornamo-nos habitação do Espírito Santo, tendo sido por Ele selado no exato momento em que cremos e acolhemos o projeto salvífico de Deus. O selo do Espírito conferiu-nos o status de documento inviolável, tal qual uma carta, garantindo que o chegaremos seguros ao nosso destino. Rm.8:9; I Co.12:13; Ef.1:13; II Co.3:3; 6:16; I Jo.5:18

22. Que a conversão e a regeneração são atos instantâneos operados pelo Espírito Santo naqueles que creem, enquanto que, a santificação é gradual, sendo processada através da renovação do entendimento, pela atuação do Espírito em conjunto com a ministração da Palavra. Ao converter-se, o indivíduo se torna posicionalmente santo, porém, seu viver diário deverá ser santificado na medida em que for exposto à obra do Espírito e ao entendimento da Palavra. Rm.12:2; Hb.10:14; Tg.1:21; Jo.15:3

23.  Que ser santo não significa ser padrão de moralidade ou ser dotado de uma espiritualidade acima da média, como também não é gozar de poderes especiais. Santificar tem muito mais a ver com “separar para” do que “separar de.” Santificar é separar no sentido de distinguir, não de apartar. E distinguir é atribuir significado exclusivo, reconhecendo o lugar que lhe é peculiar. A santidade da vida reside em seu propósito. Nossa existência é muito mais do que um acidente de percurso. Fomos engendrados por Deus para o cumprimento de um propósito. A santidade da vida, portanto, consiste no significado que lhe atribuímos.  Não se trata de padronização comportamental.  O processo de santificação está estreitamente ligado ao de individuação. E uma das características deste processo é a autenticidade. É a graça que nos garante o direito de ser o que somos, em vez de meras reproduções de padrões sociais impostos. Em outras palavras, a graça banca a nossa autenticidade. Portanto, o processo de santificação visa garantir ao ser humano o cumprimento de sua vocação existencial. I Pe.1:15-18, 2:9; I Cor. 15:10; 1 Tess. 5:15, 23a

24. Que o perdão de Deus, embora tendo sido liberado desde a eternidade na Cruz  para toda a humanidade, só é testificado na consciência mediante o arrependimento e a confissão do pecado. É como um remédio que está na prateleira, disponível para ser aplicado à ferida. É pela confissão que a ferida é exposta para que receba a ministração do perdão, cuja fórmula (justiça e verdade, misericórdia e paz) foi composta na Cruz. Ef.4:32; I Jo.1:7-10; Sl.85:10

25. Que o arrependimento não se restringe à tristeza advinda da culpa gerada pelo pecado, mas que se constitui na expansão da consciência, conferindo ao ser humano a capacidade de enxergar a vida de outros ângulos para além do seu próprio ego. O que conduz o ser humano ao arrependimento é a bondade de Deus e não a Sua severidade. Compete ao Espírito Santo iluminar seus olhos espirituais para que perceba, e assim, sinta-se constrangido diante de tão grande amor. O arrependimento inicial gera um enorme desconforto no ser humano ao perceber-se em franca rebelião com os propósitos de um Deus que insiste em amá-lo. Uma vez expandida, sua consciência jamais voltará a ser a mesma.  Rm.2:4; II Cor.5:14, 7:10.

26. Que a oração não é um monólogo, mas um diálogo entre a criatura e seu Criador, com base nos méritos de Cristo e mediado pelo Espírito Santo. Por isso, oramos em nome de Jesus, reconhecendo não possuirmos mérito que nos torne digno de nos dirigirmos em oração ao Pai. É o próprio Espírito que conhece o coração de Deus quem nos revela o que já nos está preparado de antemão, fazendo-nos desejar o que o Seu coração deseja.  Deus não é pego de surpresas pelos nossos pedidos e anseios, e por isso, não necessita apelar a improvisos, visto já ter feito ampla provisão que abarca cada uma de nossas necessidades. O ciclo da oração só está completo quando resulta em ação de graças. Rm.8:26-28; I Co.2:9-10,12,16; Fp.4:6; Cl.2:7

27. Que deve ser o propósito constante de todo seguidor de Cristo tornar-se motivo de louvor e ação de graças, jamais usurpando a glória devida a Deus, mas atribuindo-lhe os créditos por todas as suas boas obras. II Cor.4:15; II Co.1:11; 9:11-15; Mt.5:16

28. Que Deus almeja ser amado pelo que é e não pelo que nos possa oferecer. Uma percepção primitiva e equivocada nos fornece uma versão caricata e distorcida da divindade, que para ser adorada, nos subornaria com bênçãos e nos chantagearia com maldições. Apesar de nos advertir quanto às consequências advindas da quebra de princípios basilares que visam a manutenção da vida, tais advertências não devem ser vistas como ameaças de uma divindade narcisista, nem tampouco Suas promessas como uma maneira de comprar nossa fidelidade. Nosso amor a Deus resulta de Seu amor por nós. Desejar ser amado por Suas criaturas não significa que haja alguma carência em Deus.   Ao amá-lo, também amamos o que Ele ama, e detestamos o que Ele detesta, como se nosso coração batesse no compasso do Seu.  Ele ama a justiça e detesta tudo aquilo que corrompe e destrói a Sua obra. Não guardamos os Seus mandamentos para sermos amados, mas por sermos amados e por desejarmos expressar-Lhe o nosso amor. Dt.10:12; Sl.45:7; 97:10; Is.61:8; Jr.31:3; Mq.6:8; Jo.14:15; I Jo.4:10,19

29. Que não há como amar a Deus, sem amar ao próximo. E que o amor que devemos devotar ao outro deve ser despretensioso, sem exigir nada em troca, nem mesmo reciprocidade, tampouco querer transformá-lo a nosso bel-prazer para que se encaixe em nossas expectativas, em vez disso, deve levar-nos a uma entrega voluntária independentemente do resultado alcançado. Amar por amar. O alvo supremo do amor sempre será o bem de que se ama. Qualquer coisa que se faça na expectativa de retorno não é amor, mas barganha, e, portanto, contrário ao espírito do evangelho. II Co.12:15; I Tes.2:8; I Jo.4:21

30. Ainda que admitamos nossa dependência mútua, quem ama deve investir na autonomia do outro, por reconhecer que nem sempre estará presente ou acessível em momentos cruciais de sua vida. At.20:29-32; Gl.4:18-20; Jo.13:1,3-7,12-15

31. Que o amor se expressa de maneira mais eloquente no sacrifício e no cuidado. Porém, o sacrifício pode ser eventual, enquanto o cuidado deve ser cotidiano. Jo.21:15-19; I Pe.5:2; I Co.12:25

32. Que temos responsabilidade existencial e social. Respondemos por nossas escolhas, mas também teremos que prestar contas do cuidado para com os que nos foram confiados. Gn.4:1-12; Gl.6:1-5; Jo.21:15-23

33. Que gestos de solidariedade e amor não devam ter motivações proselitistas. Deus não nos enviou ao mundo para convertê-lo, mas para amá-lo. Soa presunçoso achar que se pode converter alguém. A Deus, o Pai, o papel de julgar. A Deus, o Filho, o papel de redimir. A Deus, o Espírito Santo, o papel de converter. A nós, cabe tão-somente o papel de amar, repartindo nosso pão, perdoando nossos ofensores e compartilhando nossas experiências. Jo.16:8; I Pe.1:22; I Jo.3:11, 4:7-10

34. Que por meio de Cristo, todos possuem igual acesso a Deus. Não há distinção entre leigos e sacerdotes, mesmo havendo diferentes ministérios de acordo com a função exercida no Corpo (Igreja). Portanto, cada cristão é um ministro dentro do escopo de sua atuação, tanto na igreja, quanto fora, servindo aos outros com seus dons e aptidões, dando testemunho da graça que o alcançou e transformou. Entretanto, há ministros de tempo integral, cujo sustento é oriundo dos recursos levantados pela igreja. Ap.1:6; I Pe.2:5; II Co.3:6; 5:19-20; Ef.4:11-12; I Co.12:28; I Tm.5:17; Gl.6:6

35. Que Deus deu a uns o que não concedeu a outros para que aprendamos a viver em comunidade, em dependência mútua, e assim, não alimentemos a presunção de sermos autossuficientes. I Cor.12:12-31; Ef.4:15-16

36. Que Deus não tem filhos prediletos, mas que há grupos que são prioridade na agenda do Seu reino, dentre os quais, os pobres, os órfãos, as viúvas, os excluídos, os oprimidos, os explorados, os injustiçados. E que, compete à igreja ressaltar sua importância em detrimento daqueles que usufruem de privilégios sociais econômicos. Tg.1:9-10; Is.40:3-5; I Tm.6:17-19; Lc.12:15; 16:19-31;18-35-43 e 19:1-10; I Co.12:22-27

37. Que a igreja é a reunião dos que foram alcançados pela consciência da graça e desejam servir uns aos outros em amor. Como tal, a igreja oferece ao mundo um modelo de sociedade pautado na cooperação, e não na competição, sendo, por assim dizer, uma amostra grátis do que o futuro reserva à humanidade. Mt.5:13-16; Is.60:1-3

38. Que a igreja, enquanto organismo vivo é o embrião da civilização do reino, erigida ao redor do trono de Sua graça. Mas enquanto instituição religiosa, a igreja equivale à placenta que envolve o embrião, destinada a ser descartada tão logo a criança nasça. Neste sentido, a igreja é feita para acabar, assim como os andaimes são removidos quando o edifício é finalizado. A sociedade planejada por Deus não é religiosa. Por isso, ritos, dogmas, liturgias, templos, credos, estão todos sujeitos a revisões e atualizações, até que tenham seu prazo de validade cumprido. Ap.21:22; Hb.4:16

39. Que compete a cada discípulo de Jesus encher-se do Espírito Santo continuamente, e que o ideal é que tal experiência se dê de maneira coletiva, tanto no contexto congregacional, quanto no relacional, e não de maneira individual ou isolada. Encher-se do Espírito, entretanto, não é ter mais d’Ele, e sim, dar-se em maior medida a Ele, expondo e submetendo cada área da vida à Sua benéfica influência e escrutínio.  Na Nova Aliança, não é possível receber porção extra do Espírito, visto que em Cristo recebemos de Sua plenitude. Hb.10:25; Ef.3:17-18; 5:18-19; At.2:1-2; 4:31; Cl.2:10; Jo.1;16; 3:34

40. Na contemporaneidade dos dons espirituais, que visam capacitar sobrenaturalmente os cristãos, com o objetivo de promover a edificação da igreja, e não a promoção pessoal de seus membros, sendo distribuídos de acordo com a vontade e o propósito de Deus. Se os dons houvessem cessado, como defendem alguns, então a ciência também teria passado. I Co.12:4-11; 13:8-10

41. Que compete ao Espírito Santo não apenas a conversão, o processo de santificação e a distribuição de dons, mas também nos conduzir a toda verdade e revelar-nos os desígnios divinos. Jo.14:26; 16:7-14

42. Que as manifestações milagrosas são intervenções divinas na história e na vida dos que creem, visando expressar o cuidado divino por Suas criaturas e evidenciar o Seu reino, confirmando a Palavra proclamada. Mt.12:28; Mc.16:20

43. Que o reino de Deus anunciado por Jesus é uma realidade atual, estabelecido na terra em Seu primeiro advento e que se expande na medida em que a consciência humana alcança novos níveis de conhecimento, discernimento e percepção. Mt.28:19-20; Cl.1:13; Hb.12:28; Lc.17:20-21; Mt.13:31-33; Fp.1:6, 9-11

44. Que o reino de Deus em nada se assemelhe aos reinos do mundo, pois não se trata de uma estrutura de controle, mas de uma consciência iluminada pelo imperativo ético do amor e da justiça que se manifesta no cuidado mútuo e no estímulo do potencial de cada um. Mt.20:25-28; Lc.17:20,21; 22:24-27; Jo.13:12-16

45. Que à medida que o reino de Deus avança, sua influência é sentida nas artes, ciência, governo, economia, educação, e em todas as esferas do conhecimento humano, não no sentido de impor uma agenda religiosa, e sim na promoção do bem-comum e na preservação da vida, não apenas da humana, mas de todos os seres com quem partilhamos este precioso dom. Is.9:6-7; Dn.7:18,27; Ap.5:13; Sl.147:9; Os.2:18

46. Que todas as estruturas de poder são frequentemente avaliadas e julgadas por Deus por meio de Jesus Cristo, e que, dada a sua imperfeição e incapacidade de produzir justiça perene, nenhuma delas está destinada a durar para sempre. Uma vez cumprido o seu propósito, tornam-se obsoletas, fadadas ao desaparecimento. Ap. 2:27; 12:5; I Co.2:6-8; 15:24-25; Hb. 12:26-29; Is. 33:1

47. Que somos convocados a participar deste juízo como testemunhas diante de Deus e dos homens, reprovando e denunciando toda a injustiça e posicionando-nos ao lado de suas vítimas. Sl. 82:2-4; Prov.31:8-9; Jr.1;9-10; Dn.7:22; 26-27; I Co.6:2; II Co.10:4-6; Ef. 5:11; Ap.8:3-6; 20:4

48. Na imortalidade da alma/espírito/consciência, na ressurreição do corpo, no Juízo Final, na recompensa dos justos, e na punição dos que praticaram a injustiça. Ec.12:7;  Lc.6:23; 23:43; Mt. 5:29-30; 12:36; 22:30; 25:31-46;  Jo.5:29; 11:25; I Co.15:13,42;  Ap.21:8

49. Que nossas almas, após a morte, deixam o tempo e o espaço, sendo remetidas diretamente à presença imediata de Cristo, e ao último dia da história, sem intervalo, nem estado intermediário, recebendo corpos incorruptíveis. Lc.19:31; II Co.5:2-4,8; 12;4; Ap.6:9-11; Is.40:10; Mt.5:12; 6:1; 10:42; I Co.3:8; Ap.11:18; 22:12; Fp.1:23b; 3:21;  Rm. 8:23.

50. Que haverá uma única ressurreição geral no último dia, que incluirá justos e injustos. Dn.12:2; Jo.5:28-29; 11:24; At.24:15

51. Que o anúncio da boa nova de Jesus resultará na conversão de todas as nações, promovendo no mundo as condições de justiça e paz que precederão o segundo advento de Cristo. Não se trata, porém, de conversão a uma religião (cristianismo), mas de conversão recíproca entre os homens, entre as nações e entre as gerações. Deus, finalmente, será reconhecido e amado por todos em seus semelhantes.  Sl.22:27-31; 72:11-19; Is.2:2-4; 11:9; 40:4-5; 45:23; Dn.2:35,44-45; Ml.4:6; Lc.1:17; At.3:21; Rm.16:26

52. Que o chamado Milênio representa o período compreendido entre a primeira e a segunda vinda de Cristo. Por isso, não deve ser entendido literalmente. Foi instaurado quando Cristo ascendeu ao Céu, e chegará ao fim quando Ele Se manifestar para instaurar o estado eterno. Ap. 20:1-5; I Co.15:24-28

53. Que Cristo reina como Deus e Homem, exercendo toda autoridade nos céus e na terra. Esta autoridade, porém, é exercida através do exemplo e não da imposição ou coerção. É a autoridade ética de quem se esvazia de Suas prerrogativas para sair ao encontro de Suas criaturas, amando-as, acolhendo-as e servindo-as. Mt.28:19-20; Hb.1:8; Ap.3:21; Lc.1:32; At.2:29-36

54. Que o reino de Cristo se expande na proporção em que a humanidade alcança novos níveis de consciência acerca do amor e da justiça. Seu cetro de justiça destrói as fortalezas mentais que impedem a expansão da consciência , libertando-a para que alcance a plenitude da verdade.  Sl.2:1-12;  72:8,11,17; 86:9; Is.9:6-7; II Co.10:4-5;  Ap.19:15-16

55. Que as hordas espirituais da maldade se encontram derrotadas, despojadas e amarradas, no sentido de não poderem impedir o avanço da sociedade humana. As trevas não podem deter a luz, nem o mal impedir a propagação do bem. Is.49:24-25; Mt.12:28-29; Lc.11:20-22; Jo.1:5; Cl.1:13; 2:15; Hb.2:14; II Pe.2:4; Jd.6; Ap.20:1-3

56. Que Cristo Se manifestará visivelmente pela segunda vez no grande dia de prestação de contas com toda a humanidade, e para inaugurar na Terra o Estado Eterno, do qual participarão os justos de todas as eras. Mt.25:31-34; At.17:31; I Ts.4:13-17; Hb.9:28

57. Que não é correto referir-se ao segundo advento como “a volta de Jesus.” Para voltar, Ele teria que estar ausente, contrariando, assim, a garantia de que estaria conosco todos os dias até a consumação da história. Apesar disso, Sua presença ainda não nos é perceptível aos sentidos, mas somente à fé. Quando Ele Se manifestar em glória, então, todo olho o verá.  Mc.14:62; At.1:10-11; Hb.9:28; Ap.1:7

58. Que o Evangelho tem poder para transformar a sociedade, tanto quanto para transformar o indivíduo. Is.58:11-12; 61:1-4; At.8:6-8; Rm.1:16

59. Que todas as coisas, tanto as que estão nos céus (espirituais/invisíveis), quanto as que estão na Terra (materiais/visíveis) foram criadas por Deus, sendo Cristo a origem, o sustentador, e o alvo de sua existência. Portanto, a criação como um todo é originalmente boa, e tem como propósito o louvor da glória do seu Criador. Rejeitamos, portanto, a ideia de que somente as coisas espirituais sejam boas, e que as materiais devam ser consideradas condenáveis. Gn.1:31;Jo.1:1-3; Cl.1:16-17; I Tm.4:4; Hb.1:1-3; 2:10

60. Que o evento chamado na teologia cristã de “queda” alienou o ser humano de seu Criador, bem como com o restante da criação, afetando sua percepção da realidade e sua relação com o mundo à sua volta. De modo que a natureza reage à vaidade humana que insiste em danificar a sua ordem, usando irresponsavelmente os seus recursos em benefício próprio.  Os cataclismos são respostas à gestão humana desses recursos. Gn.3:17; Rm.8:20

61. Que o propósito original de Deus para a criação não foi descartado, e que, por meio de Cristo, é retomado. Nele, Deus fez convergir todas as coisas, tanto as espirituais quanto as materiais, promovendo assim a harmonia que havia se perdido, e a reconciliação entre a criação e o Criador.  Ef.1:9-10; Cl.1:20

62. Que a Nova Criação é produto da reconciliação entre Deus e Sua criação. Aos poucos, a criação atual vai dando à luz uma nova criação. Se Cristo é o segundo Adão, e nós somos novas criaturas, logo, deve haver também um Novo Céu e uma Nova Terra. Rm.8:22;  Is.66:8,22;  I Co.5:17-19; Ap.21:1,5-6

63. Que pela proclamação do evangelho, o processo de restauração viabilizado, inaugurado e desencadeado pela Cruz de Cristo é manifestado aos homens, convocando-os a trabalhar pela reconstrução da sociedade, e a zelar pela criação. Rm.8:19-21; Ef.3:8-11; Is.61:4; Is.58:12

64. Que Deus criou o ser humano para ser o guardião da Terra; sendo ele a imagem e semelhança de Deus, e a coroa da criação, está incumbido de protegê-la, desenvolvê-la e usufruir de seus benefícios de maneira responsável e sustentável. Gn.1:26-28; 2;15; 3:23; 9:1-3; Sl.8:4-6

65. Que através de Cristo, o homem é reconduzido à sua posição original de guardião da criação. Dn.7:27; Rm.5:17; Ef.2:6; Ap.1:6; 5:10; 20:6

66. Que a igreja é a Nova Jerusalém, tipificada em Apocalipse, a Esposa do Cordeiro, a Sociedade criada por Deus para servir de paradigma às nações.  Ap.21:2,9-10; Mt.5:4

67. Que a igreja se constitui no povo pertencente exclusivamente a Deus, posto antes ocupado por Israel sob a antiga aliança. Porém, Deus não é monopólio de nenhuma instituição, etnia ou credo. Somos exclusivamente d’Ele, porém Ele é de todos, não somente nosso.  I Pe.2:9-10; Êx.19:5-6; Rm.9:8,25-26,; 11:7; Mt.21:43; Gl.4:24-31

68. Que são duas as ordenanças/sacramentos praticados pela Igreja como símbolos externos da obra realizada pela Graça no homem: o Batismo e a Ceia do Senhor. Mt.28:19; Mc.16:16; I Co.11:23-33

69. Que o Batismo nas águas não produz regeneração, mas visa tão-somente tornar público o ingresso do indivíduo à Igreja Visível, testemunhando do seu compromisso com a comunidade local de fiéis, e de sua obediência à ordem de Cristo. Embora não tenha efeito salvífico, os verdadeiramente alcançados pela salvação não rejeitariam o batismo, pois estariam desobedecendo a seu Salvador. Repudiamos a doutrina da regeneração batismal, por dar ao batismo um poder salvífico que só a Graça de Deus possui. Em vez disso, abraçamos o ensino escriturístico de que o batismo é uma figura da obra feita pelo Espírito ao introduzir-nos no Corpo de Cristo. O batismo pode ser comparado ao parto de uma criança; sua concepção se deu no momento em que a semente masculina fecundou o óvulo, mas é através do parto que a nova vida gerada no oculto do ventre materno se manifesta ao mundo. Assim também, o Novo Nascimento se dá no momento em que a Palavra pregada vai de encontro à alma faminta, fecundando-a, e gerando ali uma nova criatura. Será através do batismo que esta Nova Vida se apresentará ao mundo. At.10:47; I Co.12:13; I Pe.3:21

70. Que o batismo realizado pelo Espírito Santo nos faz participantes da Vida, da Morte, Sepultamento, Ressurreição, Ascensão e Entronização de Cristo e que sua maior evidência é o amor derramado em nossos corações. Rm.6:3-4; Cl.2:12; Ef.2:6; Rm.5:5

71. Que o que valida o Batismo não é o método usado (imersão ou aspersão), mas o ato em si, devendo ser ministrado pelo responsável pela comunidade de fé na qual se está ingressando. Mesmo adotando a imersão, não temos qualquer resistência em receber em nossa comunhão alguém batizado por aspersão. Cremos que a imersão é o método que mais se aproxima do modelo cristão primitivo. Todavia, o mais importante não é a quantidade de água usada na cerimônia, mas o Nome nela invocado. De acordo com os testemunhos bíblicos, deve-se invocar o Nome de Jesus, comum às três Pessoas da Santíssima Trindade. Ao batizar, o fazemos em o Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, que é o Nome de Jesus. Ez.36:25; Mt.28:19; At.2:38; At.10:48; At.19:5; Rm.10:13; Ef.3:14-15; Jo.17:11

72. Que a Ceia do Senhor é a Celebração e o Testemunho da Sua Morte, devendo ser ministrada como Eucaristia (Ação de Graças), e não como superstição e misticismo. Rejeitamos qualquer conceito de transubstanciação, por acreditarmos que os elementos utilizados na Ceia apenas representam o corpo e o sangue de Jesus, em vez de se transformarem literalmente neles. Alguns poderão argumentar que Jesus disse: “Isto é o meu corpo”, e não apenas “Isto representa o meu corpo”. Se partirmos deste raciocínio, então teremos que entender literalmente outras passagens. Por exemplo: Ele não disse que representava uma videira, e sim que era a videira verdadeira. Ele também disse que somos o sal da terra, a luz do mundo, e etc. I Co.11:24,26

73. Que o Novo Nascimento, indispensável à salvação, ocorre no momento em que se crê no Evangelho Eterno, e se reconhece e recebe a Cristo como Salvador, Senhor e Mestre. Jo.3:33; Ef.1:13

74. Que não há salvação fora de Cristo Jesus, sendo impossível ao homem salvar-se a si mesmo. At.4:12; Jo.14:6

75. Que Deus decreta os fins e estabelece os meios. Tendo decretado na eternidade a salvação dos que haveriam de crer, estabeleceu que o meio para isso seria a pregação, isto é, a proclamação do evangelho, que nada mais é do que boa notícia de que Deus nos perdoou em Cristo e nos convida a que nos reconciliemos com Ele, participando da comunhão eterna entre Pai, Filho e Espírito Santo. I Co.1:21; Rm.10:14-15; At.18:9-10; Jo.10:16

76. Que em Cristo, Céus e Terra unem-se novamente, e que, por isso, já não há separação entre a realidade espiritual e a material. Em Cristo, o invisível se fez visível, o espírito se fez carne, e o céu desceu até nós. Através d’Ele, já adentramos os portões celestiais, para ali habitarmos para sempre. Ao término da história, quando se inaugurar o Estado Eterno, o que nos é invisível hoje, manifestar-se-á plenamente, e Cristo será tudo em todos. Ef.1:10; Cl.1:19-20; Ap.21:1; Hb.12:22-23; Ef.2:6

77. Que o evangelho oferece salvação aos que creem, dedicando sua existência a Deus no serviço voluntário ao próximo. Descrer, insistindo em viver para si é o mesmo que desperdiçar a existência, condenando-se a uma vida desprovida de sentido e significado. O inferno de que Jesus falou (geena) representa tal desperdício. Porém, ainda que a existência tenha sido condenada, a essência de cada criatura humana será, por fim, reconciliada com a Divindade, sua fonte primeva. Ninguém ficará fora do escopo desta reconciliação final. A única chama que arderá para sempre será o amor. E assim, se cumprirá o que foi profetizado: Todo joelho se dobrará, sejam dos que estão nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor para glória de Deus Pai.  Ecl. 12:7; 1 Co.3:15; Fp. 2:10-11; Rm.10:9; Ap.5:13; 1 Coríntios 15:21-22, 25-26, 28-29


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